sábado, 4 de outubro de 2014

O rio corre para o mar?




Havia uma nascente     
de água , límpida, cálida, forte,
em direção ao oceano,
que, cumpria caprichosamente o seu papel,
mas, a natureza tem ritmo e condução própria,
e, faz-se todos os dias,  todas as horas,


Pedras no caminho , arbustos, matas ciliais,
redemoinhos, turbilhões,
alterariam  a rota,
criar-se-ia novos afluentes , deltas, estuários, cachoeiras?
obstáculos, que, afetariam fatalmente,  o encontro das águas  com o mar?

O Rio é um lugar de interrupções, intervenções,  alagamentos,
de imersões e submersões,
de forças arrasadoras, destruidoras e irrevogavelmente  inovadoras,
é lugar de alegria e de dor,
de vida e de morte,

É lugar de vida,
porque lá a vida cria-se , vive e permanece,
sob a dureza ,    leveza  e   nobreza ,da  força  que jorra e brota,
sem pedir licença,
é lugar de vida , porque lá, a vida lateja,
e a natureza de forma plena, estabelece-se,



É, lugar de morte,
porque,  permite limites, demarcações, fronteiras, barreiras,
que,  impedem vida,
mortes,   necessárias, porque, geram  húmus,
indispensável , na produção da vida,

Então, a vida precisa de morte?

Pois, eis,  que a vida e a morte, andam de mãos dadas...
E,  a vida, precisa de morte , para continuar viva,

Autor: Maria Eugênio Maciel

29/08/2014




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